A exposição Canteiro Aberto, instalada em meio às obras emergenciais de escoramento, execução de cobertura provisória e restauro arquitetônico da Igreja São Francisco da Prainha, apresenta não apenas fotografias e painéis que materializam a metodologia adotada durante a obra.
O grande destaque é a exibição das fotografias trazidas pelos moradores do Morro Conceição e do Bairro da Saúde, da Zona Portuária da cidade do Rio de Janeiro – que registram a comunidade participando da vida religiosa no interior deste templo tradicional na região. As fotografias, que retratam os momentos mais afetivos da população, como casamentos e batizados, resgatando a memória da igreja, são projetadas na parede do altar principal.
A exibição tem feito um grande sucesso e comoveu moradores, que se reconhecem como parte integrante da história da igreja.
Depoimentos
“Eu achei bem interessante a iniciativa e muito importante a ação de restauração. A gente vê tanto monumento sendo desprezado e esquecido no Rio de Janeiro. É muito importante o resgate da história que está sendo feito pela exposição com a palestra que conta a história da igreja. A maioria das pessoas não conhece.E as fotos mostrando a comunidade completam esse resgate”, disse Renileide Silva, estudante de História cuja foto aparece na exibição.
Chaiene Andrade, outra estudante de História que também aparece em uma das imagens, concordou com a opinião da moradora, mas sentiu falta de ter um contato mais direto com os objetos históricos. “Achei bem interessante. É tudo muito informatizado, senti falta de ter um contato mais direto com os achados da igreja, que poderiam ter sido expostos. De qualquer forma, é uma boa maneira de incentivar, principalmente as crianças, a participarem mais dos projetos culturais. Não estamos muito acostumados com isso no Rio de Janeiro”, disse ela.
Monitores e Guias da Exposição
A equipe profissional da Construtora Biapó tem uma participação ativa na exposição. Todos doaram um dia de seus finais de semana, nos meses de junho e julho, para atuarem como monitores e guias da exposição, recebendo os visitantes para fornecer informações sobre o processo de restauro e responder as perguntas.
Participam os arquitetos, Wandilson Guimaraes, Camila Furloni, Thatiane Heloise, Almyr Costa, Bartira Bahia; os engenheiros, Walter Vilhena e Jorge Campana; os administrativos de obras, Celso Trigo, Alex de Souza e José Donizete; os mestres de obras, Frank Leid Rodighiere e Carlos Nunes; o restaurador Sandro Cunha; os técnicos de segurança, Marta, Marcelo e Sueli; os estagiários, Daniel Vilhena e Luiza Bandeira; a porteira Nilzete; o museólogo Sergio Costa; o almoxaride Jociel; e, ainda, Sra. Nasaret, vizinha da igreja.
A Construtora Biapó investe no envolvimento da comunidade no processo de recuperação do patrimônio histórico por acreditar que o acesso ao conhecimento e à educação patrimonial fortalecem a cidadania e os sentimentos de pertencimento das pessoas às suas comunidades e ao seu país. Dessa forma, as ações e decisões se tornam públicas e representativas de um povo.
A ação também traduz os valores seguidos pela Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto do Rio de Janeiro, de transparência e cuidado em informar as pessoas sobre suas ações com uma linguagem clara e compreensível.
(Veja a seguir a ficha técnica da exposição.)