Casa da Princesa
Histórico do Monumento
A Casa da Princesa, edificada em meados do século XVIII no apogeu da mineração, constitui um exemplar raro em Goiás de vivenda senhorial que mantém algumas de suas características originais.
O sistema construtivo da edificação é em taipa de pilão com esteios em aroeira e alvenarias em adobe. A estrutura do telhado é de madeira lavrada e os alicerces de cinta ciclópica, feita com pedras aglomeradas.
Segundo Luiz Palacin, “as gelosias das janelas poderiam ter uma influência árabe, bastante difundida no sul da península Ibérica. Corresponderia ao costume de isolar as mulheres no interior da casa, sem permitir-lhes sequer a presença na janela”.
A Casa da Princesa, assim como outras da cidade, reproduz o mesmo partido arquitetônico em planta, com avarandados nas fachadas posteriores e nos detalhes construtivos, tais como: janelas com rótulas e beirais encachorrados. No caso particular da Casa da Princesa, os forros das duas salas da frente apresentam pinturas em que cenas de caça se misturam a outros temas florais.
Esta casa passou por alterações e melhorias, em 1980 foi adaptada para desempenhar a função de Museu, a ser instalado em função do acervo em posse da comunidade local.
O Restauro
Em 2001 começaram as obras de restauração do imóvel. A primeira fase da obra foi dedicada à restauração de bens artísticos, mais especificamente dos forros decorados das salas, portas e safenas da casa.
Durante a segunda fase, as obras se concentraram na restauração arquitetônica. Os banheiros foram totalmente recuperados: após a demolição e remoção do revestimento, foram substituídas as instalações hidráulicas danificadas e foi assentado um novo revestimento. Constou ainda dessa fase da obra o reparo das pontas da cumeeira, do frechal e do piso de madeira, sem a substituição dos barrotes. Foi feita ainda a pintura geral das paredes, com tinta PVA, e das esquadrias.
Ficha técnica
Localização: Pilar de Goiás – GO
Período de restauração: Janeiro/2001 a julho/2001
Data de construção: Século XVIII
Área coberta: Aproximadamente 170 m²
Proteções existentes: Monumento tombado através do Processo nº 427-T-50, inscrição nº 413, volume 1, fls. 79, no Livro de Belas Artes, em 20 de março de 1954.
Obras de restauração: Arquitetônica e artística