Convento Bom Pastor

O conjunto arquitetônico da Rua Bom Pastor, situado na Tijuca, no Rio de Janeiro, teve seu primeiro pavilhão construído em 1895 utilizando técnicas de pau a pique e taipa ou taipa de pilão. Teve sua ampliação em 1910, incluindo uma igreja e uma nova ala do convento feita com a utilização de tijolos comuns, mas é na década de 30 que ganha reconhecimento ao receber o status de utilidade pública no Governo Vargas.

A ordem das freiras (Bom Pasteur D’ Angers) originárias da França se especializou em cuidar de mulheres em situação de risco – na época denominadas “moças perdidas”- ministrando cursos para a inserção no meio profissional, trabalhos domésticos e devocionais.Na década de 1990, a gestão de Fernando Collor tirou a chancela de utilidade pública da instituição, que fatalmente caiu em decadência pela falta de repasses do Governo Federal, fechou as portas, a ordem deixou o Rio e o edifício foi abandonado.

O Convento Bom Pastor possui características arquitetônicas ecléticas e se destaca por elementos neogóticos e neorromânticos que buscavam simbolizar o auge da fé católica. O edifício traz também, em sua arquitetura, referências da tradição greco-romana, predominante no litoral brasileiro desde a vinda da Missão Artística Francesa em 1816.

O local possui janelas com detalhe superior composto por arco de volta quebrada, ornado por rosáceas, e uma torre principal grandiosa que volta o olhar do observador para sua pequenez diante da grandiosidade de Deus.

As obras de restauro e adaptação do edifício envolveram a construção de dois blocos multifamiliares e o restauro do convento para a criação de lofts residenciais, salões para atividades de uso comum e mais duas torres com 12 pavimentos ao fundo do terreno. O Convento Bom Pastor foi desmembrado da igreja, que continua em funcionamento, com entradas independentes para ambos.