Palácio Universitário UFRJ

A construção iniciada em 1842, em frente à Praia Vermelha, destinava-se às instalações do Hospício Pedro II. O edifício foi o primeiro hospital especializado no tratamento de doenças mentais no Brasil, local de formação de médicos em psiquiatria e de instalação da primeira cátedra dessa especialização na Faculdade de Medicina e onde se deu o início da pesquisa sobre psicanálise.

Em estilo greco-romano, a edificação foi inaugurada por D. Pedro II em 5 de dezembro de 1852, representando um marco da construção civil do novo reinado. Durante os anos do regime militar, o campus da Praia Vermelha foi um dos focos da resistência à ditadura, tendo sido a Faculdade de Medicina invadida pelos militares no segundo ano do regime. Em 1944, os enfermos foram transferidos para os hospitais Colônia Juliano Moreira e Gustavo Riedel.

Após aproximadamente quatro anos abandonado, o prédio foi tombado pelo Iphan-RJ, em 1972, e doado para a Universidade do Brasil, atual Universidade Federal do Rio de Janeiro.

As obras do Palácio Universitário envolvem o restauro de todas as fachadas do edifício, incluindo os pátios internos e a Capela São Pedro de Alcântara, restauração das coberturas e reconstrução da cúpula da Capela.

Nas fachadas o restauro foi além das alvenarias para elementos como cantarias, gradis, tubos de queda e cachepots e esculturas das platibandas.

Foram instaladas caixas d’água no interior da Capela e foi realizado pintura antichamas (intumescente) na estrutura metálica de sua cobertura, instalações de janelas de alçapão no telhado, restauração da claraboia com vitrais coloridos e de corrimãos em madeira para guarda-corpos de sacadas e pátios, e também a restauração artística dos forros da Capela.

O diferencial da obra se deve à parceria inédita com o Instituto de Psiquiatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Ipub-UFRJ), que permitiu a inclusão de pacientes em tratamento no Centro de Apoio Psicossocial (CAPS), e a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro (SMS Rio).