


Pavilhão Universal
Histórico do Monumento
Em 1909, o superintendente Agnello Bittencourt, por meio da Lei Municipal nº 588, foi autorizado a fazer uma concessão da área do jardim da então Praça do Commercio para que nela se edificasse um chalé de ferro, denominado Pavilhão Universal, inaugurado em 12 de outubro de 1912, na cidade de Manaus.
Legado arquitetônico, histórico e patrimonial, o pavilhão é um exemplar de ferro do período do ciclo econômico da borracha, a chamada Belle Époque amazônica. Um exemplar de estilo arquitetônico eclético, cujo diferencial são suas estruturas metálicas desmontáveis e de ferro fundido provenientes da Europa. O jardim ali existente foi remodelado pela prefeitura, e coube ao concessionário do quiosque a sua manutenção. No início de seu funcionamento, possuía três áreas distintas onde funcionavam um bar no térreo e espaços para jogos de salão no subsolo e no andar superior. O local também abrigou uma loja de artesanatos indígenas da Fundação Nacional do Índio (Funai) e foi ponto de convergência de turistas nacionais e estrangeiros.
Em 1975, por conta das obras de pavimentação realizadas nessa área, todo o jardim foi destruído. Quanto ao Pavilhão Universal, ele foi transferido para a extinta Praça Ribeiro da Cunha. A estrutura esteve também instalada na Praça Tenreiro Aranha, em condições de precariedade e funcionando como um espaço de comercialização de artesanato indígena. O edifício ficou abandonado por um longo período até sua completa restauração.
O Restauro
Foram realizadas intervenções para desmontagem, remanejamento, adaptações, restauração e realocação do monumento na Praça Adalberto Vale, no Centro Histórico de Manaus. Concluída a concretagem da cobertura e do mezanino, foram realizadas as etapas de instalação de novas estruturas metálicas, tratamento e montagem da escadaria histórica, serviços de soldas, decapagem, pintura e instalação de mãos-francesas em ferro fundido, na fachada lateral externa do primeiro pavimento, além de pintura, instalação de pilares metálicos e execução de alvenarias das fachadas em tijolos aparentes e frisos com acabamentos em alvenaria comum.
A obra foi inaugurada durante as comemorações do aniversário de 350 anos de Manaus. O restauro integrou o pacote de obras planejado pela prefeitura e contempla a revitalização do Centro Histórico. As praças Adalberto Vale e Tenreiro Aranha também foram requalificadas e agora estão prontas para receber a população e os turistas com melhores condições de acessibilidade e conforto. O monumento arquitetônico foi destinado a abrigar o Centro de Atendimento ao Turista (CAT), agregando valores estéticos e históricos ao bem patrimonial restaurado e reedificado.
Ficha técnica
Localização: Manaus (AM)
Período de restauração: Abril /2019 a outubro/2019
Data de construção: 1912
Obras de restauração: Arquitetônica